
Mensal
O gráfico mensal do Bitcoin segue dentro de um canal estreito de alta, respeitando mínimas anteriores e confirmando a resiliência dos compradores. Setembro é um bom exemplo: mesmo tendo rompido levemente a mínima de agosto, a resposta compradora foi imediata, levando a um fechamento positivo próximo de +5%.
Esse detalhe é relevante porque setembro, historicamente, é um mês negativo para o Bitcoin, mas neste ciclo contrariou a média, sinalizando força dos touros. Além disso, até agora não tivemos mais do que duas barras de baixa consecutivas, um padrão típico em tendências fortes. Isso mostra que os vendedores não têm conseguido impor controle de forma consistente.
O fechamento positivo após agosto, que foi um mês de baixa, reforça a leitura de continuidade compradora e representa uma decepção para os ursos que esperavam sequência.

Trimestral
No gráfico de 3 meses, o Bitcoin mostrou dificuldade em avançar no 3º trimestre, com grande sobreposição em relação ao trimestre anterior. Essa falta de progresso resultou em um candle próximo de um doji, refletindo indecisão e equilíbrio entre compradores e vendedores.
Segundo a leitura de Price Action, sobreposição de barras em tempos gráficos altos indica mercado em transição ou pausa. Para que o preço se afaste dessa congestão, será necessário que o 4º trimestre traga um fluxo comprador mais forte.
A máxima de 2024, tornou-se um ponto-chave para o médio prazo, o preço se segurou fazendo-a de suporte, e dali agora surge um forte movimento.
Com a virada do trimestre, muitos gestores aproveitam para rebalancear suas carteiras. Isso significa que eles vendem parte do que já teve forte valorização e realocam em ativos que ficaram “para trás”. No trimestre passado, ficou claro que o ouro estava renovando máximas com facilidade e o índice S&P 500 seguia firme perto das suas marcas históricas, enquanto o Bitcoin se manteve em correção lateral.
Não seria surpresa ver fundos migrando forte para o Bitcoin no último trimestre, especialmente porque esse “atrasado do grupo” (o BTC) poderia receber atenção especial. E mais: historicamente, o 4º trimestre costuma ser um período de força para o Bitcoin, o que reforça a possibilidade desse movimento de realocação trazendo fluxo altista para ele.

Diário
No diário, podemos notar uma sutil diferença entre a perna atual e a anterior: enquanto a perna passada levou 14 dias para subir, a atual avançou praticamente o mesmo percentual em apenas 6 dias, com barras de alta fortes, pouco sobrepostas e deixando FVGs abertos pelo caminho. Esse padrão transmite uma mensagem clara de urgência dos compradores, sugerindo que não se trata apenas de uma perna corretiva da queda, mas sim do início de uma nova tendência de alta.
Além disso, a velocidade do movimento e a consistência das barras indicam convicção institucional, já que movimentos mais rápidos e limpos costumam refletir entrada de players maiores. O rompimento da linha de tendência descendente reforça essa leitura e coloca como próximo desafio a zona de oferta em $117k–$118k, região onde vendedores já atuaram de forma agressiva anteriormente.
Caso essa faixa seja rompida com continuidade, o mercado abre espaço para buscar a máxima de 2024, e posteriormente mirar o rompimento da máxima histórica em $124k.
Por outro lado, se houver rejeição nessa resistência, é natural que o preço volte para fechar os FVGs deixados no caminho, sem necessariamente anular a leitura altista — apenas preparando um movimento mais saudável de continuação.
Em resumo: a diferença de velocidade e qualidade das pernas sugere que estamos vendo o mercado mudar de fase, saindo da correção e iniciando um novo ciclo altista no curto prazo.