Julho de 2025.
O Bitcoin acaba de fechar seu quinto semestre consecutivo de alta.
Mas o detalhe mais curioso é que este foi justamente o semestre com menor volatilidade e menor valorização dos últimos cinco.
E isso… é uma excelente notícia.
A calmaria antes do impacto
Muita gente interpreta um movimento lateral ou uma alta modesta como fraqueza do mercado. Mas quem está realmente por dentro sabe que é o oposto: quanto mais silenciosa a tendência, mais tempo ela pode durar.
Esse ciclo é diferente.
Desta vez, não são os sardinhas eufóricas puxando o mercado, são os institucionais.
Empresas listadas em bolsa, tesourarias comprando Bitcoin como reserva estratégica, ETFs com bilhões em fluxo.
E uma coisa é certa:
institucional compra no silêncio.
Sem barulho, sem euforia. Eles querem acumular o máximo possível antes que o varejo perceba.
Por que o varejo (ainda) está fora?
O varejo só aparece quando vê manchetes como:
- “Bitcoin sobe 25% em um dia”
- “Alta de 300% em 3 meses”
- “Nova máxima histórica batida!” (obs: nem isso ultimamente está chamando atenção do varejo)
Mas enquanto isso não acontece, a maioria está distraída, desinteressada, ou pior — vendendo cedo demais.
Agora pensa comigo:
Se você acordasse hoje com o Bitcoin saindo de $100 mil para $150 mil da noite pro dia, qual seria sua reação?
Realizar lucro. Comprar carro, pagar dívidas, viajar.
Você venderia antes que ele voltasse para os $100 mil novamente.
Mas quando o preço sobe lentamente, mês a mês, o comportamento muda. Você tende a segurar, com mais confiança.
E é por isso que movimentos suaves, comedidos, são mais sustentáveis. Eles não ativam a ganância nem o pânico.
Apenas constroem… passo a passo.
E os ciclos anteriores?
É só olhar para trás:
Nos grandes ciclos anteriores (veja no gráfico semestral), o movimento sempre começou com algumas barras discretas…
Depois, a aceleração veio.
E quando a volatilidade explodiu — junto veio a euforia.
E, logo depois dela… a correção.

O que esperar agora?
Esse semestre foi a menor barra do ciclo atual.
Isso não é fraqueza.
É contração de volatilidade.
E como você sabe, contrações antecedem expansões.
Se os próximos 6 meses repetirem o que os ciclos passados mostraram…
prepare-se.
A próxima pernada pode ser a mais brutal até agora.
O mercado se move em ondas — e estamos em mais uma
Eu sei que muita gente gosta de ouvir sobre alvos de preço, então aqui vai meu pitaco.
Esse ciclo tem se comportado em ondas claras:
expansão → consolidação → nova expansão.
E essa sequência é extremamente saudável em mercados com tendência forte.
Na imagem abaixo, você vê exatamente isso:

Após uma grande alta (expansão), o Bitcoin lateralizou por meses, criando uma zona de consolidação clara, com suporte e resistência bem definidos.
Até que… rompeu com força.
E foi buscar o alvo projetado, traçado a partir da altura da consolidação anterior.
Esse tipo de projeção é muito comum na análise técnica clássica.
Não é uma regra matemática, mas o mercado respeita com frequência.
Aliás, respeita com uma precisão que, às vezes, parece até provocação.
Nesse caso, o alvo foi praticamente cravado milimetricamente — o que reforça ainda mais a validade desse comportamento cíclico:
- Acumula
- Rompe
- Projeta
- Realiza (ou inicia nova perna de alta)
E a pergunta agora é:
Será que estamos construindo uma nova base para repetir esse padrão?
A xícara está servida — e pode vir quente
Mais uma vez estamos saindo de uma fase de consolidação, e desta vez o padrão que se formou é um dos mais clássicos e respeitados da análise técnica: o Cup and Handle — ou, se preferir, Xícara com Alça.

Pode parecer simplório à primeira vista, mas existe uma lógica psicológica poderosa por trás desse desenho:
- O preço sobe com força até encontrar uma zona de resistência.
- Ao bater nesse teto, ele sofre uma correção mais profunda, geralmente até a metade do movimento anterior — formando o “fundo da xícara”.
- Depois, inicia uma nova subida, voltando a testar a resistência anterior.
- Porém, desta vez, quando encontra os vendedores novamente, a reação é bem diferente:
- A correção é rasa, geralmente não passa de 1/3 da alta anterior.
- Isso mostra fraqueza dos vendedores: eles não conseguem derrubar o preço.
- E quando os compradores percebem isso, a pressão aumenta.
- Os vendidos ficam sem espaço, sem margem, e o resultado é um clássico short squeeze.
Ou seja, o mercado todo vira uma panela de pressão prestes a explodir — para cima.
E como todo bom padrão técnico, esse também nos entrega um alvo projetado:
Tamanho da xícara, projetado para cima.
No caso atual?
Em torno de US$ 155 mil por BTC.
O Bitcoin tem repetido comportamentos técnicos clássicos com uma precisão que impressiona — e isso em um ciclo dominado por institucionais, com crescimento gradual, sem euforia aparente.
Isso significa que ainda há muito espaço para a alta continuar sem que a maioria perceba.
E se o padrão se confirmar — como já vimos nos ciclos passados — o próximo movimento pode ser o mais violento de todos.
A diferença entre quem lucra e quem chega no topo para segurar o prejuízo é simples:
saber identificar os sinais antes da multidão.